1. Recapitulando:
· Posição Estratégica da área de seleção. O quanto ela é importante.
· A necessidade do planejamento.
· Recrutamento e suas possibilidades (interno e externo).
· As pessoas que irão participar desse processo.
· Análise curricular e os vários tipos de testes.
2. Dinâmicas de Grupo e Passos para estruturar Um Jogo / Dinâmica:
Dinâmica (filtro) é uma atividade lúdica que se aplica a um grupo, promovendo a identificação de algumas competências. Ela tem um objetivo claro e tem que ser muita bem definida aos participantes e não ser colocada como uma pegadinha. Ela pode ser considerada como uma brincadeira, mas tem um fim muito sério. E para cada situação existem diversos tipos de dinâmicas.
Passos para estruturar uma dinâmica:
· Verificar objetivos;
· Analisar seu público alvo (quem são os potenciais candidatos);
· Verificar espaço físico suficiente para a realização da dinâmica;
· Definir tarefas;
· Definir papéis;
· Definir cenário (contexto);
· Definir regras;
· Definir número de participantes (mínimo e máximo).
Quando o número de participantes for muito grande, o ideal é que participe do processo mais de um selecionador, para auxílio e observação aos participantes. E sempre que possível, numa dinâmica de grupo, colocar pelo menos 4 ou 5 pessoas em casa grupo.
3. Tipos de Jogos de Dinâmicas:
· Jogos com ênfase no comportamento e suas habilidades comportamentais: que focam relacionamento interpessoal, flexibilidade, autoconfiança.
· Jogos com ênfase nos processos e suas habilidades técnicas: que focam as atividades como negociação, estabelecimento de metas e liderança no trabalho.
· Jogos com ênfase no mercado com características voltadas para a pesquisa de mercado, relacionamento com cliente-fornecedor e terceirização.
4. Atividade em Sala de Aula - 01:
“A observação durante a dinâmica é uma etapa fundamental, de que forma poderíamos melhorar a qualidade dessa etapa para não perdermos qualidade em nosso trabalho?”
· Traçando bem o perfil do candidato;
· Filmagem (há restrições);
· Transparência;
· Preparar bons materiais, específicos para aquela vaga;
· Pedir, se possível à participação do líder da vaga, para que ele possa ajudar na escolha dos candidatos;
· Prestar atenção no que eles fazem e fazer anotações de tudo;
· Fazer uma planilha com os nomes e as atribuições ou competências pedidas. Relacionar para cada um dos participantes;
· Mais de um selecionar participando do processo de dinâmica para uma futura discussão entre os selecionadores;
· Um bom ambiente físico.
5. O Estudo de Caso:
É um instrumento de avaliação de competência (CHA), que pode ser feito de forma individual ou em grupo (dependendo do cargo a ser preenchido), dando uma maior qualidade no processo. É uma tarefa complexa que exige desempenho dos candidatos em situações muito similares aos organizacionais, ou seja, nos cargos mais complexos o estudo de caso é super importante. Ele pode ser elaborado ou pode já existir um. É muito usado no caso de uma seleção de coordenação, gerência.
6. Atividade em Sala de Aula - 02:
“Leiam o estudo de caso disponibilizado pelo tutor e enumere quais competências poderíamos observar que se aplicam a esse caso.”
· Capacidade de Planejamento;
· Organização;
· Mediação;
· Liderança;
· Representatividade perante os colaboradores;
· Visão sistêmica;
· Visão holística;
· Boa comunicação;
· Criatividade;
· Argumentação;
· Iniciativa.
1º Expectativa (falar sobre o que era, o que mudou e como será a partir de hoje);
2º Ter um plano B;
3º Envolver os funcionários e pedir a opinião deles;
4º Usar mais de uma mídia para a comunicação (e-mail, mural, reunião com os líderes, etc).
7. Entrevista de Seleção - Objetivo da entrevista e algumas funções:
A entrevista é o processo mais importante na seleção de um candidato a uma vaga. Os principais objetivos é saber um pouco mais sobre o candidato, no qual se obtém informações pessoais, profissionais, educacionais, familiares e sociais. E no caso do entrevistador ele tem que fornecer ao candidato informações sobre a vaga que ele está concorrendo e com isso obter um prognóstico, dando ao candidato a resposta se ele conseguiu ou não a vaga, no mesmo dia.
Primeiramente deixa-se o candidato falar e depois o entrevistador falará pra ele do que a empresa precisa e assim começar um diálogo tirando mais informações.
Numa entrevista é possível levantar e confirmar aspectos no candidato que não foram possíveis de ver nos testes e nas dinâmicas desenvolvidas no processo de seleção, por isso é de suma importância se fazer uma boa entrevista.
8. Principal função e tipos de entrevistas:
A principal função de uma entrevista é integrar (unir) os dados obtidos nos testes e dinâmicas com o que o candidato está falando e assim tirar uma conclusão, ou seja, juntar as peças para dar um prognóstico, por isso a entrevista deve ser feita somente no final da seleção. O ideal é que o mesmo selecionador que participou dos testes e das dinâmicas participe também da entrevista, pois ele terá um conhecimento maior daquele candidato.
Tipos de entrevistas: Presencial (pessoalmente), por telefone e por Internet (MSN e outros).
9. Etapas da entrevista e estágios da entrevista:
· Preparação da entrevista (nunca improvisar e sempre planejar, podendo levar o seu roteiro para que não se perca durante a entrevista e que todo o processo tenha um começo, um meio e um fim);
· Escolher um bom ambiente físico (privado e confortável) e também fazer com que o clima da entrevista seja ameno e cordial (ambiente psicológico);
· Sempre acolher o candidato, respeitando-o e não pressionando, pois não é esse o objetivo, ou seja, deixá-lo o mais confortável possível, para que ele se sinta seguro e confie no entrevistador. Demonstrando todo o seu potencial.
Os estágios da entrevista são:
· Abertura (conversa informal, descontraída, explicando a ele como irá funcionar a entrevista);
· Pesquisa: falar ao candidato o que a empresa está precisando naquele momento, levantar dados relevantes para o candidato, investigar;
· Troca: conversar sobre a vaga na qual ele está concorrendo, tirar dúvidas do candidato sobre a vaga;
· Fechamento: dar um retorno ao candidato sobre a entrevista, mostrando a ele se foi positiva ou negativa e quais serão os próximos passos.
10. Entrevista por Competência:
· Investigação do comportamento passado do candidato;
· É planejada com base no mapa de competência;
· É uma entrevista personalizada;
· É uma entrevista estruturada, com perguntas abertas e com verbos de ação no passado.
· As fases dessa entrevista são: Contexto (o que ele fez), Ação (como ele fez) e Resultado (Final).
· Para quem faz esse tipo de entrevista é preciso deixar claro e definida as competências ao candidato, fazer perguntas convenientes para a investigação dessas competências e perguntar se ele já vivenciou algum dilema correspondente a esta competência e como foi o resultado disso.
11. Algumas vantagens da seleção por competência:
· Seleção feita com mais objetividade, mais foco, sem divagações;
· Prever o desempenho futuro do candidato, pois ele já trabalhou com aquilo;
· Garantia de uma boa contratação;
· Adequação do profissional á atividade desempenhada naquela empresa;
· Menor rotatividade e melhora na produtividade;
· Evitar prejuízos com outros processos seletivos e funcionários ineficientes;
· Diminuir a influência do selecionador quanto a opiniões, preconceitos e outros;
· O candidato não conseguirá mentir e nem inventar histórias, mantendo sua resposta;
· Fornecer dados concretos, facilitando o feedback ao candidato;
· Fortalece a parceria entre o requisitante e a área de seleção.
12. Atividade em sala de aula - 03:
“Elaboração de perguntas para investigar algumas competências.”
· Trabalho sobre pressão.
Como você se comportou numa situação onde você teve um curto espaço de tempo para cumprir uma tarefa? Como foi essa pressão? Qual foi o resultado?
· Negociação.
· Liderança.
· Trabalho em equipe.
Você já teve alguma situação onde você teve que trabalhar em equipe para alcançar algum resultado? Como foi o resultado?
· Planejamento e Organização.
13. Tipos de respostas:
· Resposta parcial (incompleta);
· Insignificante (responde outra coisa e sai do foco);
· Descuidada (fala demais e coisas irrelevantes a pergunta);
· Não responde (não fala, sorri, monossílabo).
O controle da entrevista é do entrevistador e não do candidato, portanto, cuidado com os candidatos que falam demais e os que falam de menos. Por isso é importante deixar o candidato à vontade e ter um clima descontraído para que ele se sinta o mais seguro possível.
14. Saber ouvir durante a entrevista:
· Atenção ao conteúdo (traz dados concretos), mas também na forma de expressão do candidato (gestos, caras, mão, etc);
· Sempre ter o contato visual;
· Tenha cuidado com as transferências (não se envolver com os assuntos falados pelos candidatos);
· Evite interrupções, deixando o candidato falar e só interrompa quando for para esclarecer fatos;
· Manter o controle da situação, mantendo o foco;
· Não seja ansioso e não responda pelo candidato e nem conclua frases por ele;
· Seja empático (se coloque no lugar do candidato, mas seja imparcial);
· Evite distrações;
· Não dê broncas e nem chame a atenção do candidato e cuidado com julgamentos e preconceitos.
15. Preconceito durante o processo seletivo
· Raça, religião, política, etc;
· Pensar que só exista um estereótipo para cada função, ou seja, para ser um vendedor ele precisa ser falante, dinâmico, receptivo... Nem sempre é assim;
· Tomar as características do homem ideal de forma isolada;
· Pensar que a experiência anterior é uma garantia de que o candidato terá mais habilidade, ou seja, ele fará melhor. Nem sempre é assim que funciona;
16. Análises:
· O que o candidato diz tem relação com as competências?
· O que ele acredita se alinha a empresa?
· O candidato vai agregar algo para a empresa?
· O candidato tem possibilidade de desenvolver competências que ele não apresentou no processo seletivo?
· As expectativas do profissional estão coerentes com o que a empresa oferece?
Na verdade é difícil encontrar um profissional que esteja alinhado 100% com que a empresa espera, mas é importante alinhar as expectativas da empresa com ás do candidato.
O papel do gestor de RH é selecionar o candidato à vaga, através dos processos seletivos. Já o papel do líder é escolher o candidato que mais se adequou à vaga.
17. Integração de novos colaboradores
Acolher o novo trabalhador na empresa, mostrando a ele o que se deseja dele e mediante a essa definição informar e apresentar as atitudes que a empresa espera, mostrando o código de conduta e de ética, através de uma palestra, uma reunião ou uma integração não só com ele, mas com outros novos funcionários.
É importante que ele saiba dos dados da empresa, dos produtos e serviços, os direitos e deveres de um colaborador, programas de gestão de pessoas, programas de qualidade e segurança no trabalho. Sendo assim o novo funcionário ficará totalmente por dentro das informações daquela empresa.
18. Alguns indicadores da efetividade do processo (medição):
· Adaptação do novo colaborador ao cargo (avaliação na experiência);
· Resultados organizacionais;
· Alto índice de promoções (internamente);
· Rotatividade (alta ou baixa);
· Entrevista de desligamento (confidencial e individual).
19. Considerações gerais e Cuidados da Seleção:
· Registrar todos os dados possíveis para posterior resgate (laudo);
· Controles estatísticos (mensurar dados, mostrar complexidade...).
· E cuidado em não deixar o processo rotineiro, sempre inovando e reciclando;
· Inovar e ser criativo sempre;
· Não criar etapas desnecessárias;
· Ser ético e profissional;
· Basear-se sempre em padrões mensuráveis e nunca em percepções;
· Registre os dados a serem resgatados.
Professora : Cristiane Zagui
Resumo criado pela aluna Daniela Ferreira
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